Os fiéis são a essência da Igreja desde os primórdios de sua instituição divina e temporal, no sentido que, a missão evangelizadora se estende a todos os homens e mulheres de boa vontade, sendo eles o foco principal no aumento da propagação da fé no Cristo como o Senhor de todas as coisas. Neste sentido, a missão da Igreja terrestre pode e deve contar com a reta e amorosa dedicação dos fiéis leigos na salvação das almas, sobretudo no auxílio aos Sacerdotes na evangelização daquelas comunidades e povos mais afastados da vida eclesial.
A missão dos fiéis leigos vai muito além da obrigação cristã de participar dos cultos e liturgias da Igreja, como ela nos ensina. Os fiéis leigos são conclamados a estar na linha de frente ao que se refere a assumirem papéis de liderança e sendo membros participativos nas pastorais, movimentos e serviços das Comunidades Paroquiais e Dioceses espalhadas pelo orbe virtual. Estes homens e mulheres de boa vontade são impelidos, pelo chamado do Divino Mestre, a colaborar intimamente com os Ministros Ordenados da Igreja, ao anúncio da palavra, a propagação da fé católica e sobretudo ao exemplo cristão de perfeito imitador de Cristo, em suas palavras, ações e condutas de vida.
Diante de todas as missões e responsabilidades que os fiéis leigos possuem, podem e devem exercer no cotidiano da vida eclesial, aprouve-nos por nossa autoridade apostólica, refletir e vivenciar mais intimamente a figura, a importância e o papel do fiel leigo em nossa vida eclesial de comunidade. Assim sendo, a Igreja quer nos proporcionar um tempo de escuta e diálogo, sobretudo estando dispostos a ouvir o que os fiéis leigos, o rebanho do Senhor, o seu povo, tem a nos falar e compartilhar conosco. A Igreja é mãe, mas também deve estar disposta a ouvir, compreender e ajudar seus filhos.
Por esta razão, tendo em vista a missão de Supremo Pastor da Igreja de Cristo, em observância a responsabilidade de guiar as almas de todos os fiéis, no uso de minha autoridade apostólica CONVOCO o Clero e os Fiéis, reunidos no orbe virtual a vivenciar e celebrar o ANO SANTO DO LAICATO (2023-2024) que deverá ser aberto solenemente na semana do I Domingo do Advento com a Solene Abertura da Porta Santa e encerrado na Solenidade de Cristo Rei do Universo, ao findar do próximo ano litúrgico com o fechamento da Porta Santa.
Recomendamos aos Cardeais, Bispos e Sacerdotes quanto aos Grupos de Oração, Pastorais e Movimentos, Instituição de Ministros da Comunhão Eucarística, Acólitos, Coroinhas, Leitores, Corais, Procissões Piedosas, Retiros Espirituais, Eventos Culturais e Religiosos e outros que sejam litúrgicos ou não, mas que envolvam o povo de Deus em sua maioria e o permitam sentir-se mais integrado e acolhido em meio à comunidade eclesial. Que neste Ano Santo do Laicato a alegria de ser membro participativo da Igreja, de estar engajado e de ser colaborador na obra missionária do amor de Cristo possam inundar os corações dos homens e mulheres de boa vontade.
Durante este Ano Santo, serão concedidas, em algumas ocasiões, a Indulgência Plenária a todos aqueles que tiverem se confessado e comungado, rezado pelo Papa e estado em dia com as normas estabelecidas pelas leis da Santa Madre Igreja de Roma.
Confio a proteção da Igreja, dos Cardeais, dos Bispos, Sacerdotes, Diáconos e sobretudo, neste Ano Santo do Laicato, confio a proteção dos fiéis leigos e suas famílias à Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja e Mãe do Povo de Deus! Que ela venha em nosso auxílio e nos oriente e nos conduza para que juntos, como um só rebanho e um só Pastor, possamos avançar para águas mais profundas atendendo ao chamado do Divino Mestre.
Rezemos pelo povo de Deus! Rezemos pela Igreja, que é o Corpo de Cristo!
Dado em Roma, junto a São Pedro, aos 20 dias do mês de Agosto do ano de 2023, primeiro do meu Pontificado.