Este site não pertence à Igreja Católica da realidade. Somos uma representação dela no Habblive Hotel, sem compromisso com a realidade.

Constituição Apostólica Conciliar "Mundi Ecclesialitatis" | Sobre o Âmbito Eclesial

 

SACRUM CONCILIUM VATICANUM I

CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA CONCILIAR
MUNDI ECCLESIALITATIS
SOBRE O ÂMBITO ECLESIAL

BENEDICTVS, EPISCOPVS
SERVUS SERVORUM DEI

VICARIVS CHRISTI
PRINCIPIS APOSTOLORUM SUCCESSOR
SUMMA PONTIFICIS UNIVERSALIS ECCLESIAE
PRIMA ITALIA
METROPOLITANUS ROMANAE PROVINCIAE ARCHIEPISCOPUS
SERVORUM SERVORUM DEI
PATRIARCHAE OCCIDENTALIS

PROÉMIO

1. Promover a restauração da unidade entre todos os cristãos é um dos principais propósitos do sagrado Concílio Ecuménico Vaticano I. Pois Cristo Senhor fundou uma só e única Igreja. Todavia, são numerosas as Comunhões cristãs que se apresentam aos homens como a verdadeira herança de Jesus Cristo. O Senhor dos séculos, porém, prossegue sábia e pacientemente o plano de sua graça a favor de nós pecadores. Começou ultimamente a infundir de modo mais abundante nos cristãos separados entre si a compunção de coração e o desejo de união. Por toda a parte, muitos homens sentiram o impulso desta graça. Também surgiu entre os nossos irmãos separados, por moção da graça do Espirito Santo, um movimento cada vez mais intenso em ordem à restauração da unidade de todos os cristãos. 

+ Gabriel Souza Cardeal Giovanelli Presidente da Comissão Conciliar para o Âmbito Eclesial e Historicidade da Igreja

+ Caio Lopez Souza - Membro Auxiliar da Comissão Conciliar para o Âmbito Eclesial e Historicidade da Igreja

CAPÍTULO I
HISTORIAE ECCLESIAE

2. A partir de fontes ligadas a pessoas que foram fundamentais na construção da Tradição e do Magistério eclesiástico presente no habblive hotel, é possível reconhecer que a Igreja Católica é um projeto que nasceu do coração de Deus Pai, instituída por seu Filho, Jesus, presente nas ações de cada ser que constitui este Orbi virtual. 

        A pedra fundamental da Igreja Católica Apostólica Romana, presente no Habblive Hotel, se deu com sua fundação oficial em 09 de fevereiro do ano de 2015, com o Cardeal Ângelo Lucianne, que, inspirado pelo Espirito Santo, vendo a necessidade da realidade local e missionária, seguiu aquilo que Deus o orientava naquele momento que era de se fundar uma Igreja no hotel, dando inicio ali junto a um grupo limitado de clérigos esta Igreja que hoje é referência em todo hotel. 

        Após a realização do Conclave, seguindo as leis canônicas, os cardeais que se juntaram ao Cardeal Lucianne na co-fundação da Igreja, D. Giordano Baldi, D. Giuseppe Siri, D. Julius  Clerigus, D. Giovanni Betori, D. Anton Varela, D. Giuseppe Melchiorre, D. Angelo Sarto, Joseph Ratzinger, D. Angelo Brachi, D. Afonsus Carinci, D. Stefano Conti o elegeram em 09 de fevereiro de 2015 - sem precedência de sedentia ou pressão-  como primeiro Papa, sucessor do Apóstolo Pedro, adotando o nome de Papa Paulo. O intuito dos fundadores era o de ter uma igreja livre de modernidades. Eram usados conceitos tradicionais, com uma visão mais conservadora. Dado marcante desta época, e que perdura como herança até nossos dias, foi a criação de dois emblemas oficias, através de parceira com a administração do hotel: AS CHAVES DE PEDRO (que era no intuito de pertencer somente ao Papa, algo incomum nos dias atuais) e a imagem de NOSSA SENHORA COM JESUS NO COLO (pois desde o seu início a Igreja foi consagrada a Virgem Maria. Este sim deveria ser usado por todos os clérigos). Após alguns meses o Papa Paulo viu a necessidade de renunciar por fatos não prescritos. 

      É perceptível para todos nós que, de 23 de março de 2015 à 18 de julho de 2018 a Igreja Católica Apostólica Romana – Habblive, ficou vacante, não sendo escolhida uma sucessão direta do Papa Paulo. No entanto, entre os anos de 2016 à 2018, a comunidade eclesial presente no Habblive Hotel esteve coligada à Igreja do Habbo Hotel. 

        Todavia, entre julho e setembro de 2019, a Igreja original do Habblive ressurge com a eleição do Papa Sávio, Magno que foi sucedido por João Paulo I. Neste período, o Cardeal Armand Richelieu, junto aos seus amigos, companheiros de caminhada restauraram a Igreja no Habblive, dando continuidade a aquilo que foi iniciado em 2015. Dando-se inicio as atividades, o Papa Sávio comanda a retomada de algo que a anos estava guardado, mas também trazendo à tona novas experiências, formas de lidar e vivenciar, porém nunca deixando de perder a essência. O Cardeal Lucianne também retorna a Igreja neste tempo, voltando a seus trabalhos na Cúria Romana, expressando sua admiração ao Cardeal Richelieu, assim como à Scherer, aos Irmãos de Barretos, Daniel entre outros que tanto os ensinaram, pela forma de tratamento e convívio social.

       Os arquivos deste período da História da Igreja, no entanto, se perderam e portanto não há documentação oficial dos eventos ocorridos nele. Mas sabemos e ratificamos a existência destes pontificados, sendo o pontificado de Sávio I posteriormente reconhecido como Magno pelo Papa Leão através da Declaração Apostólica ''Pastor Bonus'', datada de 25 de dezembro de 2020. O Papado de João Paulo I, que havia sido tido como "antipapia", dado o curto período de sua duração, também foi ratificado e reconhecido como válido pelo Papa Júlio, retirando a suposta antipapia, através da Declaração Apostólica ''Misericordes Vultus'', datada de 28 de março de 2021.

     Terminado o Papado de João Paulo I, em setembro de 2019, a Igreja enfrenta novo interregno, até meados de 2020. Neste meio tempo, novamente a comunidade eclesial presente no Habblive se filiou a outros cleros (Habblet e Habbo).

      Mais esta história mudou com a chegada dos Cardeais: Richelieu, Montana, Scherer, Giovanelli, Gregório e Anthony, que buscaram restaurar a sucessão Pontifícia do Habblive Hotel. Em 03 de agosto de 2020, após reunião em Conclave, o cardeais sob impulso do Espírito Santo elegeram como legítimo Pontífice e sucessor de João Paulo I, o Papa Leão. Este pontificado foi marcado pelo recomeço, pela reconstrução. Notamos que, desde este pontificado até a presente data deste Concílio, a sucessão apostólica do Habblive Hotel permanece ininterrupta e constante. Dado marcante do Papado de Leão foi a convocação do grande Ano Santo Jubilar da Misericórdia, através da Carta Apostólica "Misericordiae Dominum", vivido por toda Igreja entre 2020 e 2021. Em dezembro de 2020, Leão se vê cansado e renuncia livre e conscientemete ao Ministério Petrino, sendo sucedido por Júlio I.

        Júlio I, eleito em 27 de dezembro de 2020, inicia seu pontificado levando em conta um projeto de Igreja mais contextualizada e libertadora. O conservadorismo, muito presente na Igreja, foi duramente combatido e, por isso mesmo, Júlio enfrentou muita resistência e desafetos. Em fevereiro de 2021, o Papa Júlio, por meio da Carta Apostólica "Corpus Christi", convoca o I Congresso Eucarístico Internacional do Habblive, vivenciado por toda Igreja na Arquidiocese de Manaus, na tentativa de impulsionar novo ânimo em toda Igreja. Posteriormente, o papado de Júlio também foi declarado Magno pelo Papa Bento I, através da Declaração Apostólica ''Ecce Sacerdos Magnus'', datada de 08 de abril de 2021.

         Após a renúncia de Júlio, o Colégio Cardinalício se reúne mais uma vez e elege, em 06 de abril de 2021 o Papa Bento I, atual pontífice reinante da Santa Igreja. O cardeal Richelieu chega mais uma vez ao trono de Pedro; as chaves da Igreja são lhe entregues para que se possa dar continuidade ao trabalho, ate os dias atuais. A eleição e Bento veio mais uma vez renovar a Santa Igreja, dando-lhe novo impulso e vigor, com a finalidade, RECOMEÇAR, RECONSTRUIR e CAMINHAR, junto ao Papa atual e seus ideais. Note-se a importância deste longo e duradouro papado, marcado pela convocação do primeiro Concílio da Igreja do Habblive, através da Constituição Apostólica ''Apostolorum Successores'' , datada de 3 de janeiro de 2022, e programado para ser vivido no período quaresmal até o Domingo Santo da Páscoa do Senhor do mesmo ano.

    Há de se mencionar, para perpétua memória, que houve um interrupto momento, onde o Papa Bento, coagido e manipulado, deixou o pontificado e foi  falsamente "sucedido" por Lourenço I. Este pontificado, no entanto, foi reconhecido como nulo e usurpador, tendo os cardeais deposto o pseudo papa, restaurando a legitimidade de Bento, até os dias atuais. Este ato ratificou-se pela Declaração Apostólica ''Absentis Pastoris'', datada de 25 de outubro de 2021. 

        Note-se que, este primeiro concilio que nossa Igreja vivencia, deverá ser muito importante para revermos nossas atitudes de respeito ao próximo, ao sumo pontífice, aos colégio cardinalício, enfim, a todo corpo eclesial. Isto, não para que seremos uma “Igreja quadrada”, onde deveríamos beijar os pés do papa, bajular os bispos e etc., mais para criar um sentido de respeito e admiração; um sentido de unidade e comunhão; para que todos sejam um. Deste modo, não daremos contra testemunho do Reino de Jesus, mas o anunciaremos com a verdade de nossas atitudes.

        Deste modo, até aqui o Senhor nos conduziu e conduz. Esta história que nos cerca com estes testemunhos de vida, que nos dá força e coragem para seguir em frente, a nossa história não tem um ponto final pois não é o fim...

Este relato é reconhecido e aprovado em sessão conciliar pelo Papa Benedictus I e demais presentes, sob o selo papal de nossa precedência.

Roma, 06 de março de 2022.


+ Gabriel Souza Card. Giovanelli
Cardinalis Episcopi Praenestini


+ Caio Lopez Souza
Romae Episcopus Auxiliaris

       

Este relato é reconhecido e aprovado em sessão conciliar pelo Papa Benedictus I e demais presentes, sob o selo papal de nossa precedência

CAPÍTULO II
ECCLESIA DE COMMUNIO

3. Ao longo do século XX vários foram os fatores que facilitaram a eclosão da idéia de comunhão dentro e fora dos muros eclesiais: as catástrofes das grandes guerras mundiais despertaram a nostalgia de uma experiência religiosa intensa, concreta e mais comunitária; a renovação litúrgica mostrou a debilidade de uma experiência devocional intimista; os estudos bíblicos haviam mostrado a centralidade das imagens com “Povo de Deus” e “Corpo de Cristo”, apoiadas em fórmulas como “Em Cristo”, como o melhor conhecimento da prática de comunhão entre as Igrejas; a centralidade da eucaristia abriu diálogo com os ortodoxos e permitiu perceber o sabor tradicional de sua experiência eclesial, mas apontou necessidade de outros espaços de comunhão... 

4. Nesta perspectiva, o conceito de comunhão se impôs como convergência de todas as aspirações eclesiológicas e eclesiais num mundo marcadamente em processo de mudança. Mudanças que devem partir de nós mesmos, dada sua centralidade e a amplitude de sua recepção, há de se destacar a instrumentalização ideológica que o conceito de comunhão corria os riscos que listaremos abaixo retratando a nossa situação:

  • Há de se evitar o uso absoluto da comunhão que exclua a validade de outras imagens que acabem por se tornar sinônimas de Igreja; 
  • Há de se evitar uma concepção muito mística e espiritual que obscureça a dimensão social, pública e institucional;
  • Há de se evitar o uso retórico tanto para sugerir a gestão democrática da vida eclesial quanto para estimular a uniformidade e a unidade sem fissuras; 
  • Há de se evitar um reducionismo psicológico que entenda a comunhão como compensação da própria saudade e das carências afetivas; 
5. Assim, Comunhão deve ser um conceito entendido teologicamente à luz dos dados da revelação de Deus. Desde sua raiz trinitária até os eventos eclesias propriamente, podemos refleti-la de formas variadas e com significações diversas. 

CAPÍTULO III
UNIVERSITATIS ECCLESIAE

6. Tanto nos escritos como nas pregações de São Josemaria, são muito frequentes as referências, mais ou menos extensas, à Igreja, com perspectivas diversas segundo os contextos; de um modo geral, destinam-se mais a ser alimento da vida espiritual dos seus ouvintes ou leitores do que a ter uma finalidade acadêmica.

7. Na verdade, “a Igreja é isto mesmo: Cristo presente entre nós; Deus que vem até à humanidade para salvá-la, chamando-nos com a sua revelação, santificando-nos com a sua graça, sustentando-nos com a sua ajuda constante, nos pequenos e grandes combates da vida de todos os dias”. Um amor à Igreja cheio de admiração perante a sua indefectível santidade original, sem ignorar, contudo, o pecado atual dos seus membros: “Gens sancta, povo santo, composto por criaturas com misérias: Esta aparente contradição marca um aspecto do mistério da Igreja.  A nossa realidade no orbi habbliveano peca em muitos critérios o mais danificado é a questão eclesial que se diverge de ponta a ponta por critérios erroneos acerca do irmão.

8. A Igreja, que é divina, é também humana, porque está formada por homens e os homens têm defeitos: omnes homines terra et cinis (Ecclo XVII, 31), todos somos pó e cinza”. Um amor que é gozoso: “Santa, Santa, Santa!, ousamos cantar à Igreja, evocando o hino em honra da Santíssima Trindade. Tu és Santa, Igreja, minha Mãe, porque foste fundada pelo Filho de Deus, Santo; és Santa, porque assim o dispôs o Pai, fonte de toda a santidade; és Santa, porque te assiste o Espírito Santo que mora na alma dos fiéis, a fim de reunir os filhos do Pai, que hão de habitar na Igreja do Céu, a Jerusalém eterna. 

9. A contemplação do mistério da Igreja suscita, na alma cristã, esperança gozosa, porque “a força e o poder de Deus iluminam a face da Terra. O Espírito Santo continua a assistir à Igreja de Cristo, para que ela seja – sempre e em tudo – sinal erguido diante das nações, anunciando à Humanidade a benevolência e o amor de Deus (cfr.Is XI,12).

CAPÍTULO IV
MOTUS ET NOVAE COMMUNITATES

10. O Decreto conciliar sobre o serviço pastoral dos Bispos assim indica o núcleo mesmo do ministério episcopal: "No exercício do seu múnus de ensinar, anunciem o Evangelho de Cristo aos homens, que é um dos principais deveres dos Bispos, chamando-os à fé com a fortaleza do Espírito ou confirmando-os na fé viva.  Proponham-lhes na sua integridade o mistério de Cristo, isto é, aquelas verdades que não se podem ignorar sem ignorar o mesmo Cristo" (Christus Dominus, 12). 

11. Entre as tarefas pastorais hoje mais urgentes quereria indicar, em primeiro lugar, a atenção às comunidades em que é mais profunda a consciência da graça conexa com os sacramentos da iniciação cristã, da qual brota a vocação a ser testemunha do Evangelho em todos os âmbitos da vida. A dramaticidade do nosso tempo incentiva os crentes a uma essencialidade de experiência e de proposta cristã, nos encontros e nas amizades de cada dia, para um caminho de fé iluminado pela alegria da comunicação. 

12. Uma ulterior urgência pastoral que não se pode subestimar é constituída pela formação de comunidades cristãs, que sejam autênticos lugares de acolhimento para todos, na constante atenção às necessidades específicas de cada pessoa. Sem essas comunidades resulta sempre mais difícil crescer na fé e cai-se na tentação de reduzir à experiência fragmentária e ocasional precisamente aquela fé que, ao contrário, deveria vivificar a inteira experiência humana. 

13. Caríssimos Irmãos no Episcopado! A vós, a quem pertence a tarefa de discernir a autenticidade dos carismas para dispor o seu justo exercício no âmbito da Igreja, peço magnanimidade na paternidade e caridade clarividente (cf. 1 Cor 13, 4), para com estas realidades, porque qualquer obra dos homens necessita de tempo e paciência para a sua devida e indispensável purificação. Com palavras claras o Concílio Vaticano I escreve: "O juízo acerca da sua (dos carismas) autenticidade e do seu uso recto pertence àqueles que presidem na Igreja, aos quais compete de modo especial não extinguir o Espírito mas julgar tudo e conservar o que é bom (cf. 1 Ts 5, 12 e 19-21)" a fim de que todos os carismas cooperem, na sua diversidade e complementaridade, para o bem comum.

CAPÍTULO V
PRAESENTIA IN VITA SOCIALI HABBLIVE

14. O que isto significa em termos concretos de apostolado e de acção pastoral? Foi esta, precisamente, uma das questões-chave do vosso Seminário. Como acolher este dom particular que o Espírito oferece à Igreja no nosso momento histórico? Como o acolher em todo o seu alcance, em toda a sua plenitude, em todo o dinamismo que lhe é próprio? Responder de modo adequado a esses interrogativos faz parte da vossa responsabilidade de Pastores. A vossa grande responsabilidade é não tornar vão o dom do Espírito mas, ao contrário, fazê-lo frutificar sempre mais no serviço ao inteiro Povo cristão. 

15. Que os Movimentos eclesiais e as novas Comunidades, ressaltem várias ocasiões a íntima conexão entre a sua experiência e a realidade das Igrejas locais e da Igreja universal das quais são fruto e, ao mesmo tempo, expressão missionária. Fica-se recomendado que o clero se movimente em volta de um Congresso mundial dos Movimentos eclesiais, auxiliado pelo Papa demonstrando sua comunhão com as diversas expressões culturais presentes no hotel.

CAPÍTULO VI
PRAESENTIA LAICORUM POPULI EXERCITUS

16. A realidade eclesial, pastoral e social dos tempos atuais torna-se um forte apelo a uma avaliação, aprofundamento e abertura do laicato. A primeira e imediata tarefa dos leigos é o vasto e complicado mundo da política, da realidade social e da economia, como também o da cultura, das ciências e das artes.

17. Portanto, o leigo não pode substituir o pastor naquilo que lhe compete por vocação, o pastor não pode igualmente substituir o leigo naquilo que lhe é próprio vocacionalmente. 

18. Sal da Terra e luz do mundo (Mateus 5,13-14), assim Jesus definiu a missão que aos seus discípulos missionários confiou. As imagens do sal e da luz são particularmente significativas se aplicadas aos cristãos leigos . Nem o sal, nem a luz, nem a Igreja e nenhum cristão vivem para si mesmos. No caso dos cristãos, somente surtirão o efeito da Boa Nova, se estiverem ligados a Jesus Cristo (João 15,18).

19. Em todo este período de destaque da vocação dos cristãos leigos , a partir do Concílio Vaticano I, houve avanços e recuos.

V.I - RECUOS

-  Lembrando que o mundo é o primeiro lugar da presença, atuação e missão dos cristãos leigos , vê-se que ainda é insuficiente e até omissa a sua ação nas estruturas e realidades do mundo, como nas universidades, nos ambientes do trabalho;

- Outro problema que inibe o avanço da ação laical é a não participação dos leigos nos Conselhos Pastorais das Paróquias ou a proliferação de uns poucos cristãos “iluminados” que dominam o processo pastoral, excluindo uma grande maioria. Tudo isso colabora para a inibição da participação na dimensão social da fé.  

V.II - AVANÇOS

- As pequenas comunidades onde acontecem a reflexão bíblica, celebrações da Palavra e escolas de teologia têm oportunizado espaços de participação e diversificação dos ministérios leigos. 

- Com alegria e perseverança cristãos, leigos , visitam casas, hospitais, presídios e atuam em movimentos da Igreja e também sociais e políticos, colaborando na santificação das estruturas e realidade do mundo. 

- Há os cristãos, leigos e leigos, comprometidos com os movimentos sociais que buscam a dignidade da vida para todo e também aqueles que atuam voluntariamente no trabalho de cada dia, inclusive nas tarefas mais humildes. São eles o perfume de Cristo, a luz da Boa Nova, o fermento do Reino.  

20. Os leigos que atuam nas nossas comunidades são casais cristãos que crescem na santidade familiar. Todas as crianças, frutos destes casais, que, participando ou não da catequese, também atuam na Infância Missionária e do serviço dos Coroinhas. Elas são germe de um laicato maduro.

21. As mulheres contribuem de forma indipensável na sociedade e nas responsabilidades pastorais. Todavia, a Igreja reconhece que ainda é preciso ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja. 

CAPÍTULO VII
NOVA VIA PASTORIS

22. Aqueles que, pela fé e pelo Batismo, pertencem a Cristo, devem confessar a sua fé baptismal diante dos homens. Por isso, o Catecismo começa por expor em que consiste a Revelação, pela qual Deus Se dirige e Se dá ao homem, e a fé pela qual o homem responde a DeusO Símbolo da fé resume os dons que Deus faz ao homem, como Autor de todo o bem, Redentor e Santificador, e articula-os em volta dos "três capítulos" do nosso Baptismo - a fé num só Deus: o Pai Todo-poderoso, Criador; e o seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador: e o Espírito Santo, na Santa Igreja. 

23. Habilitados, portanto, pelo caráter e pela graça do sacramento da Ordem e tornando-se testemunhas e ministros da misericórdia divina, os sacerdotes ministros de Jesus Cristo comprometeram-se voluntariamente a servir a todos na Igreja. 

24.  A identidade do sacerdote deve ser meditada no âmbito da vontade divina de salvação, porque fruto da ação sacramental do Espírito Santo, participação da ação salvífica de Cristo e porque orientada plenamente ao serviço de tal ação na Igreja, no seu contínuo desenvolvimento ao longo da história. Trata-se de uma identidade tridimensional, pneumatológica, cristológica e eclesiológica.

25. O ser e o agir do sacerdote, a sua pessoa consagrada e o seu ministério, são realidades teologicamente inseparáveis e têm como finalidade o serviço ao desenvolvimento da missão da Igreja: a salvação eterna de todos os homens. No mistério da Igreja, revelada como Corpo Místico de Cristo e Povo de Deus que caminha na história, estabelecida como sacramento universal de salvação, encontra-se e descobre-se a razão profunda do sacerdócio ministerial. "A tal ponto que a comunidade eclesial tem absoluta necessidade do sacerdócio ministerial para que Cristo, Cabeça e Pastor, esteja presente na mesma".

CONCLUSÃO

26. Incentivamos os irmãos leigos a acreditarem na própria vocação, como sujeitos de uma missão específica. Reconhecemos o direito e a autonomia das diferentes formas de organização e articulação do laicato expressos nos documentos do Vaticano I. Conclamamos, de modo especial, os irmãos e irmãs religiosos e religiosas e a todos os consagrados e consagradas, que buscam viver na alergia seus votos de castidade, pobreza e obediência, a manter viva, também nos irmãos leigos e leigas, a consciência do valor das coisas que passam, sem descuidar dos bens que não passam.

27. Pedimos aos irmãos diáconos permanentes que, em sua maioria, vivem a realidade do matrimônio e do trabalho, que se dediquem a todos os cristãos leigos e leigas e às famílias, motivados pela graça de terem recebido os sacramentos do Matrimônio e da Ordem. Incentivamos e encorajamos os irmãos presbíteros, indispensáveis colaboradores dos bispos, a serem cada vez mais amigos dos irmãos leigos e leigas. Como bispos nos propomos a acolher cada vez mais com coração fraterno a todos os cristãos leigos e leigas, valorizando sua atuação na Igreja e no mundo, ouvindo suas opiniões e sugestões, confiando-lhes responsabilidades e ministérios.

28. Para concluir, mantendo-nos no contexto da universalidade da Igreja, dirijamos, com São Josemaria, um olhar a quem, sendo Mãe do Senhor, é Mater Ecclesiae. Como no Pentecostes, “Maria, na verdade, edifica continuamente a Igreja, reúne-a, mantém-na coesa. É difícil ter autêntica devoção à Virgem sem nos sentirmos mais vinculados aos outros membros do Corpo Místico e também mais unidos à sua cabeça visível, o Papa. Por isso, me agrada repetir: Omnes cum Petro ad Iesum per Mariam!, todos, com Pedro, a Jesus por Maria! E assim, ao reconhecermo-nos como parte da Igreja e convidados a sentirmo-nos irmãos na Fé, descobrimos mais profundamente a fraternidade que nos une à Humanidade inteira: porque a Igreja foi enviada por Cristo a todos os homens e a todos os povos (cfr. Mt XXVIII, 19)”.

+ BENEDICTUS PP.
PONTIFEX MAXIMVS



+ Carlos Card. Montana
+ Gregório Andreolli Card. Magnus
+ Jorge Card. Orsini
+ Joseph Card. Ghislieri
+ Marcus Antonius Card. Di Vegesela
+ Marcus Nunes Card. di Montserrat
+ Gabriel de Orleans e Bragança
+ Antônio Llovera


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REFERÊNCIAS:

[1] São as homilias O fim sobrenatural da Igreja (28-V-1972) e Lealdade à Igreja (4-VI-1972), publicadas em 1973 e reunidas, depois, no volume Amar a Igreja, Madrid 1986, pp. 11-59. Sempre que nas notas não conste o Autor da obra citada, trata-se de São Josemaria.
[2] Cfr. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Carta Communionis notio 9.
[3] Cf. Congregação para o Clero, Diretório para o ministério e a vida dos Presbíteros Tota Ecclesia (31 de janeiro de 1994), n. 59: Livraria Editora Vaticana, 1994.
[4]  Santo Agostinho, De Trinitate, 13, 19, 24: NBA 4, pág. 555.
[5] Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1273.
[6] Cf. Paulo VI, Marialis cultus (2 de fevereiro de 1974), n. 11, 32, 50, 56: AAS 66 (1974), pp. 123, 144, 159, 162.
[7] Cf. Concílio Ecumênico Vaticano II, Decreto Presbyterorum ordinis, n. 13.
[8] Cf. João Paulo II, Exortação Apostólica pós-sinodal Pastores dabo vobis (25 de março de 1992), n. 26: l.c., pág. 698; Congregação para o Clero, Diretório para o ministério e a vida dos Presbíteros Tota Ecclesia (31 de janeiro de 1994), nn. 45-47.
[9] Cf. Concílio Ecumênico Vaticano II, Decreto Presbyterorum ordinis, n. 12; CDC, cân. 276 § 1.