"Cada um se submeta às autoridades constituídas. Porque não existe autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram estabelecidas por Deus. Portanto, quem se opõe à autoridade, opõe-se ao que Deus estabeleceu. E os que se opõem atrairão sobre si mesmos a condenação"(Cf. Rom 13, 1-2). De fato, quando nos debruçamos sobre os escritos paulinos, observamos que este Apóstolo sempre teve por princípio orientar a comunidade cristã a quem se dirigia sobre as suas formas de agir. Isto deve-se justamente pela sua compreensão e adesão ao modelo de discipulado que Nosso Senhor Jesus Cristo havia pregado e ensinado.
Neste trecho, Paulo nos ensina que todas as autoridades vêm de Deus e que devemos nos submeter a elas, pois quem se rebela contra a autoridade se coloca contra a vontade de Deus e, portanto, se condena a si mesmo. O Papa, como líder da Igreja Católica, é uma dessas autoridades protegidas por Deus e, portanto, merece nossa obediência e respeito, pois este possui a responsabilidade de guiar a Igreja de acordo com a vontade de Deus. Ao obedecer ao Papa, estamos obedecendo a Deus e seguindo os ensinamentos que Ele nos deixou por meio da Bíblia e da tradição da Igreja. Essa obediência nos ajuda a manter a unidade da Igreja e a preservar a verdadeira fé cristã, evitando desvios doutrinários e conflitos internos.
É observando esta grande adesão que Paulo teve pelo discipulado de Jesus Cristo, que a Igreja continua a viver com olhos sensíveis e atentos a todo ato de seus representantes. Estes, pela própria Igreja, são consagrados para ser pastores do povo que espera um sacerdote à imagem do Cristo, o Bom Pastor. Por isso, Sua Santidade tem olhado com olhos, acima de tudo, misericordiosos para com a situação que se desenvolve na Arquidiocese de São Paulo, que vive o abandono de sua Cátedra por meio de seu pastor.
O dito até então Arcebispo de São Paulo, Dom Josafá Torres cardeal Uióç, afastou-se do governo pastoral da grei apostólica brasileira, fazendo com que não existisse uma continuidade dos trabalhos pastorais nesta circunscrição eclesiástica após sua presença na eleição do novo Pontífice. Abordado sobre sua conduta, falhou este nosso irmão, preferindo agir em divergência com o que aborda a palavra do Senhor acima tratada sobre a submissão à autoridade eclesial, imputando vosso juízo não somente a Sua Santidade Reinante, como também ao Papa Emérito.
Diante disso, decidimos por bem, junto ao Espírito Santo Paráclito, DECRETAR a exoneração do Colégio dos Cardeais e a emeritação frente a Arquidiocese de São Paulo no Brasil de Dom Josafá Torres Uióç, prosseguindo agora como emérito, podendo residir e cumprir suas promessas sacerdotais nas adjacências da mesma circunscrição. Desejamos ao Dom Josafá que, em sua nova fase, possa refletir sobre seus atos e encontrar caminhos para retomar sua jornada espiritual de forma justa e honesta, sempre guiado pelos ensinamentos divinos.
Dado e
passado junto a São Pedro, no dia 03 de Maio do Ano Mariano de 2023, primeiro
de nosso Pontificado.
