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Instrução "Ite in aegyptus" | Sobre as celebrações na Solenidade da Sagrada Família

 

DOM JOSAFÁ TORRES UIÓÇ
POR MERCÊ DE DEUS E DA SÉ APOSTÓLICA
BISPO-AUXILIAR DE SÃO PAULO, TITULAR DI ITA
PREFEITO DA CONGREGAÇÃO PARA O CULTO
DIVINO E DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS 

INSTRUÇÃO LITÚRGICA #01: 
ITE IN AEGYPTUS

A vós, irmãos e irmãs, graça e paz da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

1. IDE PARA O EGITO (Mt 2, 13) é a ordem do Anjo do Senhor ao jovem José, menino pobre e de família humilde, que ainda estava descobrindo do que o Senhor Deus lhe havia incumbido. Custódio da Sagrada Família - , de Abraão gerou Isaque; Isaque gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos; Judá gerou Perez e Zerá, cuja mãe foi Tamar; Perez gerou Esrom; Esrom gerou Arão; Arão gerou Aminadabe; Aminadabe gerou Naassom; Naassom gerou Salmom; Salmom gerou Boaz, cuja mãe foi Raabe; Boaz gerou Obede, cuja mãe foi Rute; Obede gerou Jessé; e Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, cuja mãe tinha sido mulher de Urias; Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Uzias; Uzias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amom; Amom gerou Josias; e Josias gerou Jeconias e seus irmãos no tempo do exílio na Babilônia. Depois do exílio na Babilônia: Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiúde; Abiúde gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor; Azor gerou Sadoque; Sadoque gerou Aquim; Aquim gerou Eliúde; Eliúde gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacó; - José precisou discernir rapidamente o que iria fazer; Obedeceria a voz de um anjo que lhe aparecera em sonho ou batalharia para defender sua amada, que ainda lhe era um pouco estranha, e o filho que há pouco havia nascido às pressas, em uma manjedoura?

2. Com a confiança em Deus, conforme nos ensina os evangelistas, sobretudo Mateus, que narra o acontecido com precisão, José e Maria foram, com o Menino, para o Egito. Em sua viagem de refugiados, a Sagrada Família buscou sempre manter seus preceitos, respeitando a cultura local. Alguns historiadores afirmam que a Jesus, Maria e José buscaram se inserir na sociedade egipicia para poderem viver o tempo em que ficaram exilados. Esse sofrimento ainda está presente em nosso tempo. Tantas famílias que, por risco de vida, como era o de Jesus, precisam sair de sua pátria para encontrar consolo em outras terras. Terras estranhas e que muitas vezes lhes fecham as portas.

3. Com este entendimento, esta Congregação, por meio desta instrução, busca convidar a todos para que, nesta Solene Celebração Eucarística na Festa da Sagrada Família, possam rezar especialmente pelos refugiados, sobretudo os vitimados pela guerra na Ucrânia. São momentos delicados que precisam ser celebrados pela comunidade. Nesta sexta, recomendamos que seja organizado, ornamentado um altar com o ícone da Sagrada Família rodeado por fotos de famílias acolhidas pelas comunidades locais. No Brasil, recomendamos especialmente que se faça memória dos escravos, levados em negreiros, navios desumanos, para trabalharem obrigados nas terras em que hoje se encontra o território brasileiro. 

4. Celebrar a vida quotidiana na liturgia é um ato de amor, é fazer com que a memória de Cristo (cf. Missal Romano) seja concretizada na vida de tantos cristos que hoje temos em nossa sociedade. 

5. Recomendamos também que sejam usados os cânticos dispostos pelo Livreto Celebrativo que será emitido para a celebração sobredita. Enaltecemos ainda que foram selecionados cantores do Brasil, tendo em vista que o Livreto Celebrativo está em português e, nada mais justo, que valorizarmos a cultura brasileira. Chamamos a atenção ainda para o canto final, muitas vezes omitido pelas comunidades celebrativas. Doravante esta congregação emitirá alguns documentos explicando a importância de cada momento da Celebração Eucarística como o pilar de toda a vida eclesial.

6. Parabenizamos ainda o cantor brasileiro Daniel de Angeles e o compositor Eurivaldo Ferreira por inculturar tão bem, por meio da música litúrgica, o episódio narrado pelo evangelista Mateus. Deixaremos disponível a letra para que seja refletida e rezada durante esta semana.

Levanta-te, José! Pega o menino e sua mãe
e vai pra terra do Egito. Que venhas de lá quando eu te avisar!
Que venhas de lá quando eu te avisar!

1. A fúria dos impérios não suporta do Deus que salva, a manifestação.
E manda flagelar os inocentes, aos céus sobem seus gritos de tanta aflição.

2. Tão grande é o lamento, a dor e o pranto por isso o inocente é arrasado.
Quem chora os seus filhos, os seus santos terá em Deus consolo esperado.

3. Por causa do Menino, esses meninos sofreram as agruras da maldade.
Mas com a graça de tal nascimento alcançam já de Deus a amizade.

4. Ó Deus, são muitos choros e lamentos, que hoje presenciamos na história,
ó, vinde transformar o sofrimento daqueles que por vós clamam vitória.

5. Roguemos a Deus Pai a proteção, pois a Jesus deu um seguro abrigo.
Que ele possa ouvir nossa oração: ‘livrai a nossa vida dos perigos’.

Em Cristo Jesus,

DOM JOSAFÁ TORRES UIÓÇ
Bispo


Dado e passado na Igreja de São Sebastião, Arquidiocese de São Paulo, sob responsabilidade da Nunciatura Apostólica para o Brasil, aos vinte e nove dias do mês de dezembro do Ano Mariano de dois mil e vinte e dois, quinto dia da oitava do natal.