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Testamento de Sua Santidade, o Papa Pio I

PIVS, EPISCOPVS
SERVVS SERVORVM DEI

TESTAMENTO TEMPORAL E ESPIRITUAL
SUA SANTIDADE, O PAPA PIO I

ABERTO POR OCASIÃO DE SEU FALECIMENTO

Alegrem-se, meus irmãos. Se estiverem lendo estas palavras, completei minha jornada terrena e me juntei a Glória de Deus Pai. Não estou deixando-os, estarei habitando o coração de cada irmão que guardará de mim lembranças e estimas. Deixarei abaixo não apenas meu testamento, mas meu testemunho de vida.

Eu nada tinha de valioso ou precioso. Tudo de que usufrui no decorrer de minha vida sacerdotal é de propriedade da Santa Madre Igreja, e a esta devem retornar. Sou órfão de pais, sem irmãos ou parentes próximos. E meus bens pessoais devem ser entregues a Santa Sé para que os gerencie da forma como meus sucessores acharem por bem. Em minhas contas bancárias pessoais estão uma quantidade razoável de dinheiro que estou destinando, após minha morte, a instituições de caridade financiada pela Santa Igreja. 

E, isto é tudo que resume minha vida material. Alguns objetos e pouco dinheiro destinado à caridade. Minha maior riqueza foi minha vida espiritual. Minha entrega e serviço a Cristo e a Santa Madre Igreja. Minha entrega a Deus e meus irmãos. 

Amados filhos que estão lendo, consternados, estas palavras. Obrigado. Obrigado pelo carinho, pelo amor, por terem sido parte da minha vida religiosa, e pessoal. Tenho apenas palavras de carinho. Sei que não fui perfeito, mas saibam que, embora tenha eu falhado em diversas ocasiões, eu os amo como um pai ama seus filhos. Não fui perfeito, mas não somos perfeitos. Não fui o pastor que muitos gostariam, mas fiz o que estive em meu alcance. Dentro da minha visão como o Sumo Pontífice eu busquei a unidade, a fraternidade e o amor entre os meus irmãos. Meu testemunho de vida é um apelo à fraternidade. Minha vida foi dedicada a meus filhos de fé, irmãos em Cristo. Meu serviço e entrega espiritual e física foi para honra e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo. Meu ministério sacerdotal a minha devoção e dedicação a Santa Madre Igreja, esposa de Cristo, anuncio do Santo Evangelho e do Reino de Deus!

Dirijo-me a vocês agora não como Pio, o papa, mas como Leonardo Belardo, o Lenny, vosso Irmão e amigo. Foram bons anos de minha vida convosco. Os deixo para me unir a eternidade. Nos veremos um dia junto a Deus. Meu tempo, minha jornada, minha missão, estas se encerraram. Devamos reconhecer quando é a hora de partir. Minha hora chegou, eu devo aceitar. Devemos aceitar nossa partida. Outros virão. Outros ocuparão meu lugar, seu lugar, o nosso lugar. A Igreja é viva. Muitos passaram por ela e por nós e partiram. Desta vez, é a minha hora de deixa-los. Espero que sempre se lembrem de mim como este amigo e irmão. 

Encontrei no meio clerical, dentro dos Apostolados Virtuais, mais que amigos, grandes irmãos, uma verdadeira família. Espero levá-los para sempre em meu coração. E sempre guardarei de todos boas lembranças. Certamente nem todos nutriam um sentimento positivo por mim, mas a estes eu deixo meu carinho. Pois você que me ensinaram minhas falhas e me instigaram a ser uma pessoa melhor. Aprendi muito através de minhas falhas. E só assim podemos nos retificar, reconhecendo nossos erros. Sou grato a todos pela acolhida como irmão, pelo carinho que demostraram a mim durante todos estes anos com vocês. Hoje me despeço. Sim. Mas cheio de alegria espero encontrá-los na eternidade.

Rogo que mantenham viva, não minha memória, mas aquilo que sempre tentamos construir, os laços de fraternidade. Sejamos fraternos, meus irmãos. Sejamos irmãos de todos. Obrigado por tudo e por tanto. Parto em paz, fiquem na paz de Nosso Senhor Jesus Cristo, sob o manto da Sempre Virgem Maria. Que assim seja. Amém!

+ Pivs Pp.
Pontifex Maximvs

Publicação post mortem através da Câmara Apostólica, em Tempe Sede Vacante.