Iniciamos este Sábado Santo num grande silêncio. Como Maria e os primeiros discípulos, a Igreja chora a ausência de seu Senhor. Porém, com o irromper da noite, proclamamos a Páscoa da Ressurreição Vitoriosa de Jesus. Sua Ressurreição gloriosa é o cumprimento de todas as promessas que Deus fez com seu povo e o início da Nova e Eterna Aliança. A tristeza e o medo cedem lugar à alegria e à coragem: Alegrai-vos e exultai, pois o Senhor ressuscitou de verdade, aleluia!
No contexto em que vivemos de tanta dor, podemos cair na tentação do desânimo. Poderíamos nos perguntar: porque nos alegrar? Diante de tantas mortes e vidas prejudicadas pela pandemia, porque nos alegrar? Diante da grave crise econômica mundial, frente os desafios que a mesma pandemia nos colocou, porque nos alegrar? Frente a tantos desgovernos mesquinhos e indiferentes à vida, porque nos alegrar? Diante do sentimento de impotência e de abandono, porque nos alegrar?
Mas então, ao olhar para a cruz de Jesus, entendemos o porquê de nossa alegria. Sabemos e entendemos que temos muito a enfrentar. São muitas as dificuldades e provações da vida. Os discípulos, naquele sábado triste, também se encontravam escondidos, tristes: parecia que tudo tinha fracassado. Mas o anúncio da ressurreição os recorda, e também deve recordar a nós, que o Senhor não os desamparou. Mesmo diante de toda treva e de todo caos, Ele continua a nos reerguer e a dizer: Coragem, pois eu venci o mundo!
Meus irmãos e irmãs! Que esta Páscoa seja para nós sinal de esperança. E assim, renovados pela fé em Cristo Jesus, saibamos ser também nós, para o mundo caótico, sinais da presença do Ressuscitado.
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