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Decreto: LECTIO BONA ORANS | Santo Ofício


DOM JOSEPH EUGÊNIO RATZINGER CARDEAL GHISLIERI
POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA
CARDEAL-DIÁCONO DE SÃO PIO V
PREFEITO DO DICASTÉRIO PARA O SANTO OFÍCIO
BISPO ORDINÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO APOSTÓLICA SÃO JOÃO MARIA VIANNEY


DECRETO LECTIO BONA ORANS
Pela qual exorta todo o clero sobre os perigos das más homilias,
como alerta-os sob os riscos de penalidades por desobediência.


   Caríssimos irmãos, quero saudá-los com a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo, em meu nome desta prefeitura e do Santo Padre, o Papa Octávio Augusto, todos irmãos presentes nos Sacros Colégios - Sacro Colégio Cardinalício; Sacro Colégio Episcopal; e o Sacro Colégio Presbiteral -, também a todos os diáconos, religiosos e consagrados e, a todos que a está lerem, minha bênção apostólica.

   Este Dicastério, em nome deste de que vos fala, Dom Joseph Eugênio Ratzinger Ghislieri, em uma conversa com Santo Padre, o Papa Otávio Augusto, onde pela observância das necessidades da Igreja e pela inspiração do Espírito Santo, chegamos a conclusão de alguns pontos a serem trabalhados por esta Prefeitura, por meio da formação permanente. Entretanto, para zelar pela constância da concordância das formações, em específico sobre a Lectio Divina e, visando sempre a salvação das almas, prescrevemos este decreto de maneira pela qual exorte e alerte os clérigos sobre as homilias.

   Na realidade, o estimado e memorável magno Papa Bento XVI, enquanto era ainda conhecido como Cardeal Ratzinger, dizia que "é um autêntico milagre que a Igreja sobreviva aos milhões de péssimas homilias de cada domingo"; aqui em nosso apostolado, em nosso RPG, em nossa Igreja para o mundo virtual do Habblive, sob o Pontificado do Papa Octavius Augustus, analisando a atualidade e os problemas que estamos enfrentando, temos dialogado sobre a mesma preocupação: AS MÁS HOMILIAS.

   Infelizmente por vezes no lugar de uma boa homilia, que poderia se fazer uma hermenêutica entre as leituras propostas pela liturgia ou mesmo que sob o que se congratula na ocasião presente, há por parte dos clérigos e de maneira consciente a instrumentalização da Santa Missa e, em específico da homilia, para promoções imorais e heréticas que levam os fiéis ao erro, ao pecado e por consequência a condenação eterna. 

   Homilia não foi, não é e não será um espaço para promover ideologias dentro da Igreja, seja de qual cunho for, não nos é lícito ou permitido. Aqueles que persistirem e sofrerem alguma denuncia, por ordem e decreto do Santo Ofício, do Santo Padre, o Papa Octavius Augustus I, o clérigo será penalizado imediatamente. Seja com penas de silêncio, proibição de realizar homilias e até mesmo de realizar celebrações públicas; e, tendo em vista que posicionamentos podem e se elevam a atos, não somente influenciam, outras penas poderão ser prescritas conforme a gravidade da falta e a necessidade observada. 

   Lembremo-nos que as penalidades que se sofrem, não são por hora uma imposição da Igreja, mas são ocasionadas pelo efeito acidental do erro do indivíduo em particular. Assim, a Igreja para remediar estas situações confirmam estas sentenças - que apenas podem atingir os Católicos batizados -, para que tomando consciência e iluminados pela Luz da Fé, da razão e da Sabedoria de Deus, por meio de seu Santo Espírito, possam retornar a casa do Pai das misericórdias (Cf. Lc 15,11-32). 

   Como expresso a carta aberta "Fidem Expressit" ou na formação "Lectio Divina", Deus Todo-Poderoso que nos constituiu em corpo, alma e espírito (Cf. I Ts 5,23), nos dotou de inteligência para que com nossa racionalidade pudéssemos alcançar a Verdade e, esta só é possível ser de fato alcançada pela Fé, pois como dizia o São Paulo 'tudo é graça'. Logo, é por meio da razão que podemos expressar nossa Fé (Cf. I Pd 3,15), não como um todo, pois não tem como conhecermos todo o mistério nesta vida e expressá-lo de maneira que se esgote.

   Somos homens de Deus e é nosso dever anunciar a Verdade, com Amor e Caridade, mas nunca negá-la - a Verdade - em nome de um falso amor ou uma falsa caridade. Somos homens escolhidos pelo próprio Senhor e enviados por Ele (Cf. Jr 1,5), para anunciarmos o seu Evangelho (Cf. Mt 16,15). Nossas homilias devem anunciar unicamente o Cristo, que é a Verdade, mas não podemos rechaça-lo com nossos interesses e tornando-o subjetivo aos nossos gostos e modos, de maneira como preguemos algo relativo; a Verdade é uma só, é reta, não é dúbia, não é dupla, a Verdade é uma só.

   É pelo sustentáculo triplo - conhecido como tripé - da Igreja pelo qual devemos nos ater em nossas homilias e discorrer: Sagradas Escrituras; Tradição; e Magistério. Os Santos Padres da Igreja (os primeiros padres da Igreja, reconhecidos na Patrística) fizeram uma interpretação coerente das Sagras Escrituras e ensinavam o povo de maneira reta, condenando as heresias e ensinando a Fé verdadeira, mesmo com as mais diversas limitações da época, não deixavam o Evangelho da graça que toca e transcende nossa realidade. Nós somos convidados a nos aprofundar em nossos estudos, bem como na meditação - Lectio Divina - dos Escritos Sagrados.

   Com este decreto, a intenção é suscitar em nós esta abertura ao Espírito Santo na observância do anúncio, para que como os discípulos de Emaús na abertura do coração, possamos nos revigorar em Cristo escutando a Boa Nova e O reconhecendo ao partir do pão (Cf. Lc 24,13-35). Assim a igreja peregrina com o coração ardente e os pés a caminho, possa voltar a se expressar com liberdade em Cristo, para anunciar a Verdade a todos os povos, na luz das adversidades que se apresentam nos dias de hoje, para que superando as dificuldades atuais da Igreja e da sociedade, nos voltemos unidos em um só coração e uma só alma em Deus (Cf. At 4,32).


In Christus,


Datum Romae dies, apud Congregationem pro Sanctum Officium, die IX mensis Aug, anno MMXIIII, sub corona Sanctitatis Suae Summus Pontifex Octavius Augustus I.


Et hvmilis in Domino servus,

+ Dom Ioseph Eugênio Ratzinger Ghislieri + 
Prefeito para a Congregação do Santo Ofício.