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Carta "Ecclesia in Europa" | Dicasterium pro Episcopis

 

DOM GABRIEL SOUZA CARDEAL GIOVANELLI
DEI MISERICORDIA ET SANCTAE APOSTOLICAE SEDIS
CARDINALIS PROTO S. LUCIAE PRESBYTERO
_________________

EPISTOLA
ECCLESIA IN EUROPA
(A Igreja na Europa)

Sexta-feira, 04 de Agosto de 2023

O Dicastério para os Bispos, na pessoa de seu Prefeito, 
Dom Gabriel Souza Card. Giovanelli

DESEJA QUE SE SEJA PROCLAMADO

Aos Bispos, aos Presbíteros e Diáconos
Aos Consagrados e Consagradas
E a todos os Fiéis Leigos sobre Jesus Cristo, vivo na sua Igreja,
fonte de Esperança para a Europa.

INTRODUCTION

Anúncio de alegria para a Europa

    𝔄 Igreja na Europa, me anima caros irmãos neste caminho sinodal onde todos temos um ideal idealizado na "Alegria de Anunciar o Evangelho atodos os povos, aos colégio episcopal que pela segunda vez se une, para meditar sobre Jesus Cristo, vivo na sua Igreja, fonte de esperança para a Europa. Retomando as palavras da 1ª Carta de S. Pedro, quero proclamar a todos os cristãos da Europa ao início desta terceira passagem por este dicásterio aguerrido pelos desafios que me encontrei nos primeiros momentos: "Não temais (...), nem vos deixeis perturbar. Mas venerai Cristo Senhor nos vossos corações e estai sempre prontos a responder (...) a todo aquele que vos perguntar a razão da vossa esperança" (3, 14-15).

Este anúncio ressoou continuamente durante a primeira passagem no ano 2000, com o qual está intimamente relacionado a este momento da Igreja. Aqui quero saudar a todo corpo eclesial europeu, muito me alegra pelo "SIM" de vocês, resposta está dada ao anuncio, a missão, a Igreja que vos convoca a ser parte deste Reino de Deus.

CAPITULUM I
EVANGELIUM SPEI NOVAE EUROPAE
"Vi a cidade santa, a nova Jerusalém,
que descia do Céu" (Ap 21, 2)

- O Ressuscitado está sempre Conosco

Num tempo de perseguição, tribulação e crise para a Igreja como era a época do autor do Apocalipse (cf. 1, 9), a palavra que ressoa na visão é uma palavra de esperança: "Não temas! Eu sou o Primeiro e o Último, o Vivente; conheci a morte, mas eis-Me aqui vivo pelos séculos dos séculos. E tenho as chaves da Morte e do Inferno" (Ap 1, 17-18). Encontramo-nos assim com o Evangelho, o "feliz anúncio", que é o próprio Jesus Cristo. Ele é o Primeiro e o Último: n'Ele, toda a história encontra o seu princípio, sentido, direcção e realização; n'Ele e com Ele, na sua morte e ressurreição, já tudo ficou dito. É o Vivente: estava morto, mas agora vive para sempre. Ele é o Cordeiro que está de pé no meio do trono de Deus (cf. Ap 5, 6): aparece imolado, porque derramou o seu sangue por nós no madeiro da cruz; está de pé, porque voltou à vida para sempre e mostrou-nos a omnipotência infinita do amor do Pai. 

Visando a Igreja no atual cenário Europeu que seja reaberta a Conferência Episcopal Européia - CEE, motivação está dirigida hoje também às Igrejas na Europa, frequentemente provadas por um ofuscamento da esperança. Este Dicásterio sabe da capacidade de cada epíscopo que o agrega, visto que, de fato, os nossos dias, com todos os desafios que nos lançam, apresentam-se como um tempo de crise.

CAPITULUM II
EVANGELIUM SPEI SERVITE
"Conheço as tuas obras, a tua caridade,
o teu serviço, a tua fé, a tua paciência" (Ap 2, 19)

- A Igreja inteira enviada em Missão

Servir o Evangelho da esperança com uma caridade que evangeliza é obrigação e responsabilidade de todos. De fato, seja qual for o carisma e o ministério de cada um, a caridade é a estrada mestra apontada a todos e que todos podem percorrer: é a estrada que toda a comunidade eclesial é chamada a percorrer seguindo as pegadas do seu Mestre.

Em virtude do seu ministério, os sacerdotes são chamados de um modo especial a celebrar, ensinar e servir o Evangelho da esperança. Graças ao sacramento da Ordem que os configura com Cristo, Cabeça e Pastor, os Bispos e os sacerdotes devem conformar toda a sua vida e actividade com Jesus; mediante a pregação da Palavra, a celebração dos sacramentos e a condução da comunidade cristã, tornam presente o mistério de Cristo e, através do próprio exercício do seu ministério, "são chamados a prolongar a presença de Cristo, único e sumo Pastor, actualizando o seu estilo de vida e tornando-se como que a sua transparência no meio do rebanho a eles confiado".

CONCLUSIO
TRADITIO MARIAEM
"Apareceu um grande sinal no céu:
uma mulher revestida de sol " 
(Ap 12, 1)

A Igreja na Europa, continua, pois, a contemplar Maria, reconhecendo que Ela está "presente como Mãe e participa nos múltiplos e complexos problemas que hoje acompanham a vida dos indivíduos, das famílias e das nações", e é o "auxílio do povo cristão, na luta incessante entre o bem e o mal, para que não caia ou, se caiu, para que ressurja".

Nesta contemplação, animada por autêntico amor, vemos Maria como figura da Igreja, que, alimentada pela esperança, reconhece a acção salvífica e misericordiosa de Deus, à luz da qual lê o seu próprio caminho e toda a história. Também hoje Ela nos ajuda a interpretar as nossas vicissitudes na perspectiva do seu Filho Jesus. Criatura nova plasmada pelo Espírito Santo, Maria faz crescer em nós a virtude da esperança.

Ela, Mãe das Vocações, dirijamos confiadamente a nossa súplica; entreguemos-Lhe o futuro da Igreja na Europa e o de todas as mulheres e homens deste continente:

𝕸aria, Mãe das Vocações,
caminhai conosco!

Ensinai-nos a anunciar o Deus vivo;
ajudai-nos a dar testemunho de Jesus,
o único Salvador;
tornai-nos serviçais com o próximo,
acolhedores com os necessitados,
obreiros de justiça,
construtores apaixonados
dum mundo mais justo;
intercedei por nós que agimos na história
certos de que o desígnio do Pai se realizará.

Aurora dum mundo novo,
mostrai-Vos Mãe da esperança e velai por nós!
Velai pela Igreja na Europa do habblive:
que ela seja transparência do Evangelho;
seja autêntico espaço de comunhão;
viva a sua missão
de anunciar, celebrar e reconciliar
o Evangelho da salvação
para a bênção e a alegria de todos.

Velai pelo Episcopado Europeu:
que eles se empenhem na construção
duma casa comum,
onde sejam respeitados a dignidade
e o direito de cada um.
Maria, dai-nos Jesus!
Fazei que O sigamos e amemos!
Ele é a esperança da Igreja,
da Europa e da humanidade.
Ele vive cnnosco, entre nós, na sua Igreja.
Convosco dizemos:
"Vem, Senhor Jesus" (Ap 22, 20)!
Que a esperança da glória,
por Ele infundida nos nossos corações,
produza frutos de justiça e de paz!

Amém.

     𝔖em mais, rogo a Virgem Maria, Mariae de Lourdes, que os abençoe nesta nova jornada de suas vidas totalmente entregues a Deus pelo bem dos homens em prol da salvação de toda humanidade. Que Cristo, o Bom Pastor os conduza em seus feitos e ações.  

In Christ;

Datum et actum Romae, in aede Congregationis pro Episcopis, die IV mensis Augusti anno MMXXIII, in memoria liturgica S. Cordis Iesu, sub Pontificatu Sanctitatis Suae Sancti Octavii Augusti I.

 Gabriel Souza Card. Giovanelli
Praefectus 

Eu assinei e subscrevi;
♰ João Padova
Secretarius
_______________

NOTAS

[1] Cf. S. Agostinho, In Ioannis Evangelium, Tractatus VI, cap. I, n. 7: PL 35, 1428; S. João Crisóstomo, Sobre a traição de Judas, 1, 6: PG 49, 380C.
[2] Cf. Congr. dos Bispos, Instr. Nemo est (22 de Agosto de 1969), 16: AAS 61 (1969), 621-622; Código de Direito Canónico, cân. 294 e 518; Código dos Cânones das Igrejas Orientais, cân. 280-§ 1.