I. Introdução
1. A relevância do papel de São João Batista reside no fato de ter sido o precursor de Cristo, a voz que clamava no deserto e anunciava a chegada do Messias, insistindo para que os judeus se preparassem, pela penitência, para essa vinda.
2. Já no Antigo Testamento encontramos passagens que se referem a João Batista. Ele é anunciado por Malaquias e principalmente por Isaías. Os outros profetas são um prenúncio do Batista e é com ele que a missão profética atingiu sua plenitude.
3. Ele é assim, um dos elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento.
II. História de João Batista
4. Segundo o Evangelho de Lucas, João, mais tarde chamado o Batista, nasceu numa cidade do reino de Judá, filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, parenta próxima de Maria, mãe de Jesus. Lucas narra as circunstâncias sobrenaturais que precederam o nascimento do menino. Isabel, estéril e já idosa, viu sua vontade de ter filhos satisfeita, quando o anjo Gabriel anunciou a Zacarias que a esposa lhe daria um filho, que devia se chamar João.
5. Depois disso, Maria foi visitar Isabel. Ora quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre ! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite ? (Lc 1:41-43). Todas essas circunstâncias realçam o papel que se atribui a João Batista como precursor de Cristo.
6. Ao atingir a maturidade, o Batista se encaminhou para o deserto e nesse ambiente, preparou-se, através da oração e da penitência – que significa mudança de atitude, para cumprir sua missão. Através de uma vida extremamente coerente, não cessava jamais de chamar os homens à conversão, advertindo: Arrependei-vos e convertei-vos, pois o reino de Deus está próximo. João Batista passou a ser conhecido como profeta. Alertava o povo para a proximidade da vinda do Messias e praticava um ritual de purificação corporal por meio de imersão dos fiéis na água, para simbolizar uma mudança interior de vida.
III. João Batista, o Profeta
7. A vaidade, o orgulho, ou até mesmo, a soberba, jamais estiveram presentes em São João Batista e podemos comprová-lo pelos relatos evangélicos. Por sua austeridade e fidelidade cristã, ele é confundido com o próprio Cristo, mas imediatamente retruca: Eu não sou o Cristo (Jo 3, 28) e não sou digno de desatar a correia de sua sandália. (Jo 1,27). Quando seus discípulos hesitavam, sem saber a quem seguir, ele apontava em direção ao único caminho, demonstrando o Rumo Certo, ao exclamar: Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (Jo 1,29).
8. São João Batista batizou Jesus, embora não quisesse fazê-lo, dizendo: Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim ? (Mt 3:14). Mais tarde, João foi preso e degolado por Herodes Antipas, por denunciar a vida imoral do governante.
9. Marcos relata, em seu evangelho (6:14-29), a execução: Salomé, filha de Herodíades, mulher de Herodes, pediu a este, por ordem da mãe, a cabeça do profeta, que lhe foi servida numa bandeja. O corpo de João foi, segundo Marcos, enterrado por seus discípulos.
11. São João, pregador da penitência, rogai por nós. São João, precursor do Messias, rogai por nós. São João, alegria do povo, rogai por nós.