4. Cristãos católicos, desde os primórdios do cristianismo, confiam-se na intercessão de Maria junto a Jesus Cristo, o único Mediador entre Deus e os homens, que – segundo a Carta Encíclica Miserentissimus Redemptor de Pio XI no número 15 – “quis associar-Se a sua Mãe elegendo-a como advogada dos pecadores, dispensadora da graça e mediadora”. A Mãe conhece o coração do seu Filho, e, por isso, ela é auxílio eficaz, que, simultaneamente, intercede e aproxima ao Cristo todos aqueles que a Ela se arrogam.
5. Fiel, desde a Anunciação do anjo Gabriel até os sofrimentos junto à Cruz de Cristo; e inabalável no caminho da consumação eterna dos filhos de Deus, a maternidade da Virgem Maria alcança a todos na História da Salvação, porque ela é medianeira. Entretanto, é belíssimo ressaltar que, em nada, ela desdiz a verdade de haver um único Mediador ao Pai: Jesus Cristo.
6. Na Carta Encíclica Ad Diem Illum do Papa São Pio X, no número 2, temos a precisa colocação de que são muitos os insignes benefícios concedidos por Deus às piedosas solicitações de Maria. Nisso, podemos notar que, existe uma interligação daquela que Deus elegeu em seu jeito de ouvir as preces dos filhos e filhas da Igreja, com o próprio Senhor, pois Deus concede Suas graças e bênçãos a todos que recorrem ao Filho pelas mãos da Mãe, a Virgem Maria.
IV. Mãe da Esperença
7. A Virgem Maria é socorro dos cristãos. Ela comungou das dores e angústias de Jesus e, mais do que ninguém, conheceu o sofrimento supremo de Cristo que remiu a humanidade. Por isso, Maria socorre os aflitos e desesperados levando-lhes esperança e amor. A Bula Ineffabilis, de Pio IX, diz que à Virgem foi concedido ser junto ao Filho unigênito a medianeira e advogada de todo o mundo. Com isso, entendemos que, Nossa Senhora auxilia, socorre e intercede por todos, num gesto de amor de mãe, que não deseja que nenhum de seus filhos se perca, mas que encontrem a salvação.
8. Por fim, expressemos, em nossa vida, a bela verdade de que, com o Senhor, seja bendita Aquela que Ele constituiu Mãe de misericórdia, Rainha e Advogada nossa, amorosíssima, Medianeira de suas graças e Dispensadora dos seus tesouros. Pois é bom estar, diariamente, com Aquela que sempre nos leva a seu Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor e Rei.
V. Conclusão
9. Maria é para a Igreja motivo de grande alegria, pois ela participou direta e intimamente da obra redentora de Jesus Cristo e continua velando com amor maternal sobre os filhos da Igreja. Ela colaborou na obra da Salvação, quando pelo seu “Sim”, veio ao mundo o Salvador da humanidade, Jesus Cristo Nosso Senhor.
10. Na trajetória de nossas vidas, Maria, além de Mãe, se torna também uma irmã de fé, que nos acompanha e ilumina cada passo de nosso caminho. E é nas nossas atitudes, enquanto passamos pelo processo de amadurecimento, que temos a chance de aprofundar nosso caminhar como discípulos de Cristo.