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Carta "De Diversitate et Unitate" | Congregatio pro Clericis

 

DOM GABRIEL SOUZA CARDEAL GIOVANELLI
POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA
CARDEAL BISPO DI SABINA-POGGIO MIRTETO E SANCTA LÚCIA 
PRAEFECTVS CONGREGATIO PRO CLERICIS


XIII die Ianuarii anno MMXXIII

A todos que está CARTA chegarem,
paz e benção da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

    𝔇esde o início, o Senhor encheu a Igreja com os dons do seu Espírito, tornando-a assim sempre viva e fecunda com os dons do Espírito Santo. Entre esses dons, distinguem-se alguns que resultam particularmente preciosos para a edificação e o caminho da comunidade cristã: trata-se dos carismas. Nesta catequese, queremos nos perguntar: o que é exatamente um carisma? Como podemos reconhecê-lo e acolhê-lo? E, sobretudo: o fato de que na Igreja haja uma diversidade e multiplicidade de carismas, é visto em sentido positivo, como uma coisa bela, ou como um problema? Em comunhão com o Padres do Brasil, que assumem um carisma voltado a cultura afro-brasileira.

     Na linguagem comum, quando se fala de “carisma”, entende-se sempre um talento, uma habilidade natural. Diz-se: “Esta pessoa tem um carisma especial para ensinar. É um talento que tem”. Assim, diante de uma pessoa particularmente brilhante e envolvente, se usa dizer: “É uma pessoa carismática”. “O que significa?”. “Não sei, mas é carismática”. E dizemos assim. Não sabemos o que dizemos, mas dizemos: “É carismática”. 

   Está prefeitura, em comunhão com todos vocês padres e diáconos, na vivência da perspectiva cristã, vemos que, o carisma é mais que uma qualidade pessoal, que uma predisposição de que se pode ser dotado: o carisma é uma graça, um dom concedido por Deus Pai, através da ação do Espírito Santo. E é um dom que é dado a alguém não porque seja melhor que os outros ou porque o tenha merecido: é um presente que Deus lhe dá, para que com a mesma gratuidade e o mesmo amor possa transmiti-lo a serviço de toda a comunidade, para o bem de todos.

    A missa, “é celebração da vida, paixão, morte e ressurreição do Senhor”. “Como nós celebramos? Com o Missal Romano, as orientações da liturgia, do Diretório Litúrgico, do Concílio Vaticano II, da Sacrosanctum concilium”. Não deve haver, portanto, uma classificação como “missa afro”. "Falta estudo, as pessoas, algumas precisam estudar mais, conhecer, dialogar. Você vê missa do chapéu, sertaneja, de cura e libertação, disso e daquilo... Não. Missa é missa, é a celebração da vida, paixão, morte e ressurreição. Agora, cada um traz a sua vida”.

    𝔓or isso, caríssimo padres, amado povo de Deus, “na Casa da Mãe, a gente louva a Deus, celebrando o mistério da vida, da paixão, da morte e da ressurreição. E se alguém quiser tirar dúvidas, é só dar espaço. Mas não, pinçam as palavras. Hoje há tantas distorções na comunicação e se conhece pouco da vida da Igreja”, ressalto também que a Eucaristia “traz a vida, as dores, os sofrimentos, as alegrias do nosso povo”. “A vida concreta das pessoas tem a ver com nossa fé”.

In Christ;

Datum Romae, in aedibus S. Congregationis pro Clericis, in memoria liturgica S. Hilarii, hora octava mensis ianuarii, anno MMXXIII, Pontificatus Nostri Lvcivs I PP.
 
+ Gabriel Souza Card. Giovanelli
Praefectus