Este site não pertence à Igreja Católica da realidade. Somos uma representação dela no Habblive Hotel, sem compromisso com a realidade.

Homilia do Papa Maximiliano | Solenidade de São Pedro e São Paulo e Encerramento do Pontificado

 

HOMILIA DO PAPA MAXIMILIANO
NA MISSA DE CONCLUSÃO DO PONTIFICADO
E SOLENIDADE DOS APÓSTOLO S. PEDRO E S. PAULO

Basílica Vaticana
Quarta-feira, 29 de Junho de 2022


Senhores Cardeais,
Venerados irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,
Amados irmãos e irmãs.

Tal como São Pedro, junto de cujo túmulo nos encontramos, estendo a todos e todas esta saudação: “Graça e paz vos sejam dadas em abundância” (1 Pd 1,2). Neste final de meu pontificado, celebrando a Solenidade de São Pedro e São Paulo, as duas colunas angulares da Igreja, exorto-os a refletir sobre estes dois grandes Apóstolos, que tiveram suas vidas radicalmente transformadas pela ação misericordiosa de Deus.

Na primeira leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos, vemos que, nos primeiros passos do serviço apostólico de Pedro, havia, na comunidade cristã de Jerusalém, grande perseguição por parte de Herodes contra alguns membros da Igreja. É neste contexto, portanto, que Pedro é feito prisioneiro e, depois, ouve a voz do Anjo que lhe diz: “Ergue-te depressa! (...) Põe o cinto e calça as sandálias. (...) Cobre-te com a capa e segue-me” (At 12, 7-8). Assim como aconteceu na noite da libertação dos israelitas da escravidão do Egito, o Senhor veio, em sua infinita bondade e misericórdia, quebrar as correntes e libertá-lo do cativeiro. Este fato aparece bem expresso nas palavras do Salmo Responsorial: “De todos os temores me livrou o Senhor Deus” (Sl 33).

Em nossa realidade, a Igreja continua sendo perseguida. Não faltam aqueles que querem ver a sua ruína. Às vezes, tomados pelo medo, perdemos a confiança e nos imobilizamos. Mas o que fazia a Igreja enquanto Pedro estava na prisão? Rezava continuamente a Deus por ele (At 12, 5). É esta atitude orante que a Igreja não pode abandonar nas horas de tribulação. Ao mesmo tempo, o testemunho do Apóstolo nos motiva a manter nossa confiança no Senhor. Afinal, como exorta o Papa Francisco, “o nosso verdadeiro refúgio é a confiança em Deus: esta afasta todo o medo e torna-nos livres de toda a escravidão e de qualquer tentação mundana”.

Também S. Paulo foi alcançado pela misericórdia de Deus e experimentou a libertação. Assevera o Papa Francisco que o Apóstolo “foi libertado da escravidão mais opressiva, a de si mesmo [...]”. Paulo, que antes era chamado Saulo, era um grande inimigo e perseguidor violento da Igreja. Encontramos nos Atos dos Apóstolos, cap. 9, um testemunho: “[...] Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor”. No entanto, a caminho de Damasco, surpreendido por uma luz resplandecente que vinha do céu, Saulo ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegue?” (At 9, 4). Daí em diante sua vida mudou drasticamente, tornando-se aquele que haveria de levar o nome do Senhor "diante dos gentios, dos reis, e dos filhos de Israel" (At 9, 15). E de perseguidor dos cristãos, torna-se perseguido. 

É esta mesma misericórdia de Deus, que operou na história dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, que incide continuamente sobre todos nós e, particularmente, sobre mim, que fui chamado pela Divina Providência a ser pontífice da Igreja. Embora sem merecimento e indigno, conduzi a Igreja Católica habbliveana por quase dois meses, tomando decisões arriscadas e, por vezes, de cujas consequências me sobressaíram algumas decepções e tristezas. Contudo, tenho a convicção de que entreguei-me por inteiro nesta missão, e, mais ainda, que o bondoso Deus jamais me abandonou. Sou muito grato a Ele por todos aqueles que, de uma forma ou de outra, carregaram comigo o peso do meu ministério. Tal como São Paulo, na sua carta a Timóteo, posso dizer neste meus últimos dias de pontificado: "Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé" (2 Tm 4, 7). Que a Virgem Santíssima, neste Ano Mariano, interceda ao Deus de bondade pelos eminentes cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice e, sobretudo, por todos que se dedicam no trabalho de evangelização que realizamos no Habblive. Assim seja. 


© Copyright - Libreria Editrice Vaticana