No evangelho de S. Mateus, proclamado há pouco, constatamos a bonita profissão de fé de S. Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” (Mt. 16, 16). Essas palavras, porém, ditas com convicção, tinham sua origem não em Pedro, mas foram inspiradas em Deus Pai (Mt. 16, 17). A resposta de Pedro, diante da indagação de Jesus, nasce de sua experiência de fé. Afinal, como nos questionou S. João Paulo II, o que conduziu e guiou Pedro para Roma, capital do Império Romano, “[...] senão a obediência à inspiração recebida do Senhor?”.
A pergunta de Jesus, “Que dizem os homens ser o Filho do Homem?” (Mt. 16, 13), surge, de fato, num contexto de extrema confusão quanto à Sua natureza. Somente a partir de uma relação estreita com Deus, mediante a fé, que poder-se-ia chegar à resposta dada por Pedro. E é nessa fé de Pedro que o Senhor confiou a primazia da Igreja: “Tu és Pedro — rocha, pedra — e sobre ti, como sobre uma pedra, Eu edificarei a Minha Igreja” (Mt. 16, 18).
Hoje, reunidos na sede de Pedro, o Senhor faz ressoar em nós esta pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt. 16, 15). Tal como S. Pedro, somos chamados a proclamar nossa fé no Deus Vivo!
Neste início de pontificado, peço-vos, irmãos e irmãs em Cristo, que, mesmo diante das provações e crises, permaneçamos firmes na rocha inabalável de Pedro, que é a sua fé, na qual o Senhor constituiu a Sua Igreja. Que tenhamos um só propósito: fazer com que Jesus seja conhecido e amado por todo o Habblive!
E vós, queridos clérigos, por favor, não se esqueçam da exortação de São Paulo: "sede pastores do rebanho de Deus, confiado a vós; cuidai dele, não por coação, mas de coração generoso; não por torpe ganância, mas livremente; não como dominadores daqueles que vos foram confiados, mas antes, como modelos do rebanho" (1Pd 5, 2-3).
Que por intercessão de São Pedro, Príncipe dos Apóstolos, Deus me conceda a graça de reavivar a chama da fé em muitos corações.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
