CONGREGAÇÃO PARA OS BISPOS
O Bispo, ao ter-se em conta a si mesmo e às suas funções, deve ter presente como centro que define a sua identidade e a sua missão o mistério de Cristo e as características que o Senhor Jesus quis para a sua Igreja, « povo reunido na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo ».5 É, de facto, à luz do mistério de Cristo, Pastor e Bispo das almas (cf. 1Pe 2, 25), que o Bispo compreenderá sempre mais profundamente o mistério da Igreja, na qual a graça da consagração episcopal o colocou como mestre, sacerdote e pastor para a guiar com o seu mesmo poder.
O Bispo deve manifestar com a sua vida e com o seu ministério episcopal a paternidade de Deus, a bondade, a solicitude, a misericórdia, a doçura e a autoridade de Cristo, o qual veio para dar a vida e para fazer de todos os homens uma só família, reconciliada no amor do Pai, e a perene vitalidade do Espírito Santo que anima a Igreja e a apoia na sua debilidade humana. Esta índole trinitária do ser e do agir do Bispo tem a sua raiz na própria vida de Cristo que é toda ela trinitária. Cristo é o Filho eterno e unigénito do Pai desde sempre no seu seio (Jo 1, 18) e o ungido do Espírito Santo, enviado ao mundo (cf. Mt 11, 27 ; Jo 15, 26 ; 16, 13-14).7
Dom Bernardo Sarto Vieira tende-se mostrado ausente nas missões à ele confiadas e portanto, deixando as ovelhas sem o pastoreio necessária. Entendemos que as ocupações reais e o tempo influenciam nessa falta de disposição para as missões na Igreja.
Portanto, decretamos a EMERITAÇÃO de Dom Bernardo Sarto Vieira e agradecemos o trabalho pastoral enquanto auxiliar de São Paulo. Desejamos que esse período seja de reflexão e de amor ao Cristo Eucarístico.
+ Ronaldo Souza Skol Araújo Júnior
Cardeal-Bispo de Óstia.
Prefeito da Congregação para os Bispos
