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Informazione | Congregatio de Cultu Divino et Disciplina Sacramentorum

  

CARTA ABERTA AO CLERO 
COM ALGUMAS INFORMAÇÕES ÚTEIS PARA A REALIZAÇÃO 
DO JUBILEU DA MISERICÓRDIA
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Prot. n. 45/12

A todos que esta lerem, ou dele tomarem consciência, graça, 
saúde e paz vos sejam concedidas em abundância. 

O Jubileu da Misericórdia foi proclamado pelo Papa Leão para ser vivido intensamente em cada Igreja particular, permitindo assim a qualquer pessoa encontrar a misericórdia de Deus Pai através da missão viva da Igreja. O sinal mais evidente de tal pastoral é a possibilidade de abrir as Portas da Misericórdia em cada diocese. Estas portas, semelhantes às Portas Santas das Basílicas Papais de Roma, permitirão fazer a peregrinação jubilar também àqueles que não puderem vir a Roma.

PORTAS DA MISERICÓRDIA

É da responsabilidade do Ordinário do lugar estabelecer em que igreja abrir a Porta da Misericórdia, que deverá ser aberta em cada diocese e paróquia do mundo (cfr. MV 3). É bom que a possibilidade extraordinária da indulgência jubilar seja reconhecida pelos fiéis precisamente como uma oportunidade fora do comum e, portanto, vivida como momento particularmente forte para um caminho de conversão. Isso acontecerá também através da justa valorização deste sinal especial que é a Porta da Misericórdia.

A ABERTURA DAS PORTAS SANTAS

Após o início solene do Ano Santo - marcado pela abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano, no próximo dia 29 de Novembro - todas as Igrejas particulares abrirão a própria Porta da Misericórdia, em comunhão com a Igreja de Roma, nas datas previamente marcadas.

Um rito especial para a abertura foi preparado por este Pontifício Conselho com a aprovação da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Assim, por exemplo, a cor litúrgica será roxa ou rosa, como está previsto para o Domingo Gaudete, e não se cantará o Glória, como é regra no Advento.

IGREJAS JUBILARES

Cada uma das quatro Basílicas Papais de Roma (São Pedro, São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros) tem uma Porta Santa. Estas são igrejas jubilares onde se desloca em peregrinação para obter a indulgência satisfazendo as condições estabelecidas. Será tradicionalmente Igreja jubilar também a Catedral do Sagrado Coração de Jesus, sede da Prelazia de mesmo nome, na Itália.

Na Diocese de Roma há também muitas outras igrejas e santuários importantes, lugares de peregrinação de muitos fiéis que encontram sempre sacerdotes prontos para acolhê-los na misericórdia do Pai. Durante o Ano Santo serão também igrejas jubilares, onde se realizar uma peregrinação para obter a indulgência, o Santuário de Fátima/Portugal e a igreja de Santa Rita de Cássia, em Roma.

Finalmente, as igrejas que já gozam permanentemente do privilégio da indulgência, para os fiéis que devotamente realizam as condições estabelecidas, continuarão a ser lugares onde também se pode obter a indulgência durante o Jubileu da Misericórdia, como é já determinado para cada um desses lugares.

DEPOIS DE ATRAVESSAR A PORTA

Depois de atravessar a Porta Santa ou a Porta da Misericórdia, ou que se tenha verificado uma das outras circunstâncias que o Papa Leão concedeu para que se possa obter a indulgência (por exemplo, para os doentes, para os presos e para quem realizar uma obra de misericórdia), para além das habituais condições que exigem um coração disponível para que a graça possa trazer os frutos desejados, os fiéis deverão deter-se em oração para realizar os últimos atos necessários: a profissão de fé e a oração pelo Papa e pelas suas intenções.

Esta oração será, pelo menos, um Pai-Nosso - a oração que o próprio Jesus nos ensinou para nos dirigirmos ao Pai como filhos - mas podem-se lhe acrescentar outras. Em particular, tendo em conta o espírito deste Ano Santo, sugere-se a belíssima oração do Papa Leão para o Jubileu e, para concluir o momento de oração, uma invocação ao Senhor Jesus Misericordioso (por exemplo, “Jesus Misericordioso, eu confio em Ti”).

+ Gabriel Souza Card. Giovanelli